E a gravação do 7 Cordas?

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Bem…

Já que topei o desafio de gravar as próximas músicas apenas eu e o violão, bóra fazer bem feito!

Gravar bem o violão não é tarefa simples em nenhum estúdio do mundo. A definição da técnica de microfonação a ser utilizada, o posicionamento e tipo dos microfones, cancelamentos de fases, a sala de gravação, enfim… Muitos detalhes.

Como o violão estará em evidencia no próximo álbum, a primeira pergunta na qual esbarrei foi: Como gravar bem o violão de 7 cordas?

Décadas de evolução da gravação de instrumentos acústicos, sobretudo violões de cordas de aço estão muito bem descritas na internet, além da vasta literatura, principalmente em língua inglesa sobre o assunto.

Há proporcionalmente pouco material consistente disponível sobre a gravação de violão de nylon, instrumento tipicamente brasileiro e espanhol.

Até ontem eu nada havia encontrado sobre o 7 cordas…

Então…

Este instrumento além de tipicamente brasileiro, passa por evoluções recentes e ainda está em processo de expansão dentro do universo da música. Dá para entender a escassez de material.

O violão de 7 cordas difere dos outros por possuir uma corda grave a mais, o que o leva a atingir a frequência de 62 Hertz na nota mais grave do instrumento. No caso de quem afina a sétima corda em Si, como eu.

O violão de seis cordas atinge 82 Hertz, tendo o Mi como nota mais grave.

Isso muda as coisas a respeito do posicionamento do músico na sala e das distancias dos microfones no momento da gravação, pois o comprimento de uma onda completa de 62Hz é de 5,5 metros. O comprimento de uma onda de 82Hz é de 4,19 metros.

Nessa faixa de frequência o posicionamento influencia muito, e como eu não queria deixar os bordões do meu violão de fora do disco, sentei na prancheta e botei a engenharia em prática.

Estudei os diagramas dos microfones que tenho disponíveis, fiz cálculos, croquis, conversei com amigos “dos ramos” do violão e da produção, fiz milhares de experiências e cheguei a um resultado que nem vou contar a vocês por aqui.

Em janeiro vocês descobrirão!

Caso este post gere curiosidades técnicas, faço outro explicando o processo.

Inté!

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