Álbum? Disco?
Dar nomes e definições verbais à trabalhos, pensamentos, obras, pessoas e outros tantos universos, é tarefa ingrata e desconfortável para mim. Eu não serviria para trabalhar em almoxarifado.
Em um desses desconfortos, a questão me afligia: Qual o nome do que eu faço? Preciso saber para poder explicar para possíveis curiosxs ou interessadxs…
Não faço mais discos desde que as mídias deixaram de ser circulares e assunto encerrado. O último disco que fiz foi o CD do Mukama em 2001. De lá pra cá tudo que fiz com música já foi em formato digital. Disco é uma definição que caducou, não me serve mais.
Já faz um tempo que digo para as pessoas que eu faço álbuns. Já corrigi muitos desavisados, e até a mim mesmo:
“Ops!!! Disco não! Álbum!”
A designação “álbum” não pertencia ao universo da música até a associação dos encartes às obras musicais. Que época! Que álbuns! Nesse período muitos álbuns foram mais emblemáticos do que os discos que os acompanhavam. Não é incomum lembrarmos dos discos pelo encarte. Quem já foi ou é de ouvir discos, é claro…
O formato digital é ótimo mas restringiu muito a associação de imagens e canções. Perda enorme para ambos.
Voltando…
A pequena porção almoxarife que habita em mim ficava me cobrando com a prancheta na mão: “Você não tem vergonha na cara? Chamar de álbum um amontoado de músicas sem um projeto gráfico? Ou associe tudo isso a um bom projeto gráfico ou essa definição também não te serve.”
Well…
Eu já faço álbuns, álbuns mesmo, há um bom tempo. Não só de músicas mas também de fotos. Minhas fotos.
Algumas de minhas fotos já haviam ilustrado algumas de minhas músicas, em relações meramente casuais. Só agora esse flerte pulou para a cama, o que acabou abrindo caminho para diluir minha crise de identidade.
Fiz algo que agora pode ser chamado de álbum!
Álbum mesmo! De fotos e de música. Tudo junto.
Um álbum de foto-músicas, segundo o alter-almoxarife!
Serão 7 músicas e 7 fotos!
E como elas se conectam?
Eu janeiro eu mostro!
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