Há uns bons anos, duas ou três fases anteriores da vida, certa vez divagando pensei: Que fixação é essa pela audição? Que tal tentar aprimorar algum dos outros sentidos?
Questionando o livre arbítrio, creio que a resposta intimamente eu já sabia; Vou aprimorar a visão! Se eu buscar enxergar o mundo com o capricho com que eu escuto, ele ficará muito mais bonito. Dito e feito!
Escolhi a fotografia por uma afinidade antiga. Então parei de pegar a máquina fotográfica da minha mãe emprestada, comprei a minha e desandei a fotografar.
Que coisa! Que ligação estabeleci com a fotografia, a luz, as imagens e as cores!
Nunca mais olhei da mesma forma para nada. Um dia bonito, um sorriso, um relance, já não me passavam tão desapercebidos em um dia corrido. A revolução seguinte foi descobrir que podia fotografar sentimentos! Lógico que eu pirei, né!
Através desse amor que fui desenvolvendo ao longo dos anos pela fotografia, não só percebi o mundo mais bonito do que antes, mas a força de poder registrar a vida como a estou vendo passar.
Outra grande revolução aconteceu quando naturalmente descobri que podia fotografar ideias!! Como não tinha tido essa ideia antes? Fotografar propósitos!
O poder de uma ideia emoldurado em uma imagem…
Daí para unir com a música nem precisava de desculpa, né…
Nesse momento minhas fotos e canções já eram feitas da mesma matéria prima, faltava encontrar uma forma consistente para materializar essa fusão.
Não falta mais.
Em janeiro mostro para vocês!!
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